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Partindo do princípo que ninguém passa por esta vida sem deixar ou levar algo, foi que resolvi fazer este site, para poder partilhar das coisas que chamo de PINTURA DA VIDA. A vida é vista de várias formas e é na forma de expressão do pensamento que a construímos. Nós somos responsáveis por nossa vida, somos nós quem escrevemos as páginas do nosso livro chamado VIDA, portanto sejamos prudentes enquantos vivermos.
Aqui você encontrará conteúdos variados, textos, imagens, artes, enfim toda forma de expressão que nos remeta à Vida.
Nota aos visitantes
Inicialmente quero apresentar um projeto chamado Contos de Limeira. Fazendo uma retrospectiva do meu tempo vivido quando criança na Fazenda Limeira (Candeal-BA), tive a oportunidade de vivenciar muitas situações que converti em textos apresentados em forma de contos, para que futuramente possa tornar-se um livro (se Deus permitir). Leia, veja, expresse também seus comentários, interaja! Nós leitores somos todos gratos.
Deleite-se deste primeiro conto apresentado: Veja outros clicando no link Contos de Limeira em Meus Posts.
Fogão de Lenha
A brasa que acende aos poucos
Esquentando a panela de barro
Sobre a trempe de seis bocas
Depois de uma noite chuvosa.
Acordo e não encontro o pinico
É atrás da porta que eu fico
Esperando passar o vento.
Papai diz: acorda, não tem prosa
Vamos pra cozinha
Não temos muito tempo.
O café já tá pronto
O leite já veio do curral
A vaca Zabelê – a melhor que tinha
Morreu de idade, no fundo do quintal.
E o fogão de lenha...
Majestoso, grande, vermelho...
Liso e quente aquece agente.
As cinzas no fundo da panela
Não deixam que o carvão grude nela.
A laranja é chupada
E sua casca é toda aproveitada.
Lançada para o telhado da cozinha,
Em nome da madrinha
Como brincadeira da meninada.
Depois de seca,
Tornando-se combustível ajuda acender o fogo.
Como ingrediente:
Dá sabor ao doce de leite
Que mamãe faz pra gente
E no almoço é servido
Para os filhos e o marido.
O descanso é pra todos,
Até para o fogão de lenha
As brasas vão se apagando,
As cinzas se formando
E na trempe de seis bocas
Somente uma fica aberta.
Na panela de barro sempre tem água quente
Pra de repente... fazer um chá,
Pra curar ou pra relaxar.
As cinco o rádio toca forró
A sala se transforma em lugar de dançar
Eu, mamãe e papai...
Os outros também estão lá.
Terminada a brincadeira
É hora de torrar café
Foi colhido da roça,
Colocado pra secar,
Dentro da frigideira, misturado com açúcar
Vai ao fogo até virar calda grossa.
Depois de pisado no pilão
É o melhor café que há.
O fogão de lenha
Em noite fria, quando quente,
Cozinha e aquece agente.
No forno, a quentura é aproveitada,
Fazendo-se bolinhos na forma
Mas também se fazendo torradas
Pra servir a meninada.
Que se despede de mais um dia
Daquele fogão de lenha
Que por tamanha gratidão, eu diria,
“Que Deus o tenha” – como dizia minha tia.