Chef de cozinha precisa ser líder e saber trabalhar em equipe

Chef de cozinha precisa ser líder e saber trabalhar em equipe

 

 

 

Mercado na área de gastronomia está em expansão.
Guia de Carreiras destaca profissão nesta terça-feira (7).

 

Tão importante quanto ter habilidade para cozinhar e montar pratos harmoniosos e apetitosos, o profissional que pretende seguir carreira na área de gastronomia precisa saber trabalhar em equipe e ter espírito de liderança. Principalmente se a opção for atuar como chef de cozinha - possibilidade que cada vez mais atrai a atenção dos estudantes. Conheça mais sobre esta profissão no Guia de Carreiras desta terça-feira (7).

 

A professora de cozinha brasileira Luana Lages afirma que o mercado para o gastrólogo - como é chamado quem conclui a graduação em gastronomia - está em expansão no Brasil. "Há as cozinhas tradicionais, as empresas de alimentação e as consultorias gastronômicas", afirma Luana, de 32 anos, que sempre foi a cozinheira da família para a alegria da mãe que, segundo ela, cozinha mal.

 

Thomaz Leão do Carmo, de 25 anos, sub-chefe de cozinha de um hotel de São Paulo, diz que a Copa do Mundo e a Olimpíada, que ocorrem no Brasil nos próximos anos, devem ajudar a alavancar a profissão, que ainda não foi regulamentada. "As oportunidades estão aumentando, principalmente no ramo hotelereiro. O perfil de quem procura a gastronomia é de um aluno mais jovem."

 

Carmo afirma que muitos estudantes entram na faculdade atraídos pelo glamour de coordenar a cozinha de um restaurante famoso. Porém a realidade é outra. "A gastronomia ainda é um curso elitizado, mas na verdade para ser dar bem é necessário gostar de servir e agradar aos outros. O chef é o 'top' da cozinha, é ele quem dita as regras do jogo."

Início
O primeiro passo para seguir a carreira é escolher uma boa instituição de ensino. A maioria dos cursos tem duração de dois anos. A desvantagem é que há poucas opções de instituições públicas.  "Tivemos um boom de escolas em todas as partes do país. Antes de se matricular o ideal é conversar com alunos formados, professores e conhecer a infraestrutura para ter um retrato melhor", diz Luana Lages.

 

Quem pensa que a aulas são estritamente práticas, engana-se. Há instituições que incluem até matemática financeira e noções de biologia nos currículos. Características como criatividade e interesse em pesquisa também são importantes. "É muito comum a gente ouvir do aluno que ele entrou na faculdade para aprender a cozinhar e não para estudar. Este é um grande erro porque entender o alimento ajuda na criação e a criatividade faz toda a diferença para o profissional", afirma Ingrid Schmidt-Hebbel, coordenadora do curso superior em tecnologia de gastronomia do Centro Universitário Senac.

 

O universo infinito de ingredientes e técnicas culinárias trouxe uma nova realidade ao gastrólogo. Assim como as demais profissões ele também precisa investir em formação. Especializações fora do país são bem-vindas. "Ficando um tempo em um país asiático, por exemplo, é possível absorver o componente cultural da região que faz parte da gastronomia. Diria que não é fundamental, mas é claro que ajuda", diz Ingrid.

 

Vanessa Fajardo, Do G1, em São Paulo